Pensamentos soltos de uma mente incompleta

Fujo do meu eu singular, mas ele me percegue numa estranha corrida. Não sei quem vai ganhar ou se conseguirei escapar de mim por mais tempo, já fiquei tempo demais longe, só sei que vivo em constante mutação.
As palavras brotam em minha mente. É como Clarice Lispector descreve em seu livro "Água Viva". É como se alguém dentro de mim ditasse as palavras à minha mão, onde ela tenta escrever cada palavra dita, passando-a ao papel.
Sinto-me como um fantasma. Uma estanha no ninho. Ninguém me vê. Ninguém me percebe. Ninguém me conhece. Não existo. Quem sou, o que sou, ninguém jamais ousou saber.
Sou o sonho frustrado. O pranto nos olhos. A água que escorre. O fantasma que passa e ninguém olha, ninguém dá bola. E por que darião? É apenas um fantasma. A sombra da ilusão passageira. Algo que não deve-se levar a sério. Um encosto que só atrapalha, encomoda. Um peso a mais na bagagem do mundo.
Uma figura triste, sem vida e vazia. Sem rumo, sem direção, sem amor.

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