Um novo olhar para as coisas

"Olho e não vejo nada". É estranho pensar em como o olhar é complexo e ao mesmo tempo simples. Podemos olhar para um objeto e mesmo assim não o ver. Podemos olhar um objeto e sentir algo diferente dentro de nós. Por mais que tenhamos algo, nunca o olhamos da mesma maneira duas vezes. É sempre de maneiras diferentes. Será que é assim que acontece com os sentimentos? Quero dizer, podemos amar uma pessoa um dia e depois não amá-la mais? O olhar assim como os sentimentos e o gosto são mutáveis, se transformam com o passar do tempo. E são passíveis de erros. Ou talvez, os erros simplesmente não existam, é apenas um novo olhar sobre alguma coisa. Então, podem ser enganos. Às vezes, enganamo-os. Eu me engano todo o tempo. Parece até que gosto de me enganar. De me chatear comigo, por causa disso. Um dia ei de aprender a me comportar melhor comigo.
Voltemos as reflexões. Estava agora me recordando de uma aula de estética sobre o gosto. "Gosto não se discute", diz o ditado. Mas será mesmo? Como haverá trocar de informações entre diferentes indivíduos se o gosto e a opinião não forem discutidas? Não haverá crescimento, nem aprendizado e muito menos tolerância entre as pessoas (o que nunca houve!). Dizemos ser os únicos seres pensantes deste planeta. Mas em compensação não conseguimos nem controlar nossos impulsos nervosos de querer dominar o mundo com nossas opiniões e gostos, sem se importar com as dos outros. Já ocorreram muitas guerras por intolerâncias, além de muitas brigas e mortes. E me pergunto o que essas pessoas tem na cabeça? Para que serve o cérebro humano, senão para pensar e refletir?
E tudo isso começou com uma simples reflexão sobre o olhar...

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